Produtores brasileiros de café, reconhecidos mundialmente, estão expandindo sua presença no mercado internacional. Pequenos agricultores têm focado em qualidade, práticas sustentáveis e rastreabilidade, o que os tem ajudado a conquistar nichos valorizados.

No município de Monte Santo de Minas/MG, uma produtora tem exportado café há 13 anos para um grupo britânico. O contato inicial ocorreu por meio do envio de uma amostra, que resultou em um aumento gradual dos pedidos.

Atualmente, geralmente são enviadas de seis a oito containers por ano para países como Inglaterra, Irlanda e Nova Zelândia. A produtora ressalta que a qualidade dos grãos é fundamental, mas também a responsabilidade ambiental e o vínculo com a comunidade local se destacam.

Cooperativas e Certificações Internacionais

A união em cooperativas tem sido uma estratégia eficaz para alcançar o mercado externo. Histórias e origens dos produtos ajudam a construir uma identidade forte e a valorizar o café altamente.

Um selo de Indicação Geográfica, concedido pelo INPI e que abrange 21 municípios do Sudoeste de Minas, ajuda na abertura de portas para mercados exigentes. Esta certificação atesta a origem e a qualidade do café, funcionando como um passaporte para o comércio internacional.

Os especialistas afirmam que agregar valor através de histórias e origens é essencial para pequenos produtores que buscam exportar, uma vez que o consumidor internacional valoriza uma experiência que vai além do produto em si.

Destaque para Cafés Fermentados

Em José Gonçalves, no Vale do Jequitinhonha/MG, um produtor tem obtido sucesso com cafés de alta pontuação, que antes eram destinados apenas à Austrália, e agora atendem mercados nos Estados Unidos, Canadá e Europa.

O produtor destaca que seus grãos fermentados são os principais responsáveis pelo sucesso no exterior, onde já são bastante apreciados. Apesar de utilizar maquinário devido à falta de mão de obra, o foco permanece em práticas sustentáveis na produção.