O mercado brasileiro de soja apresentou um ritmo mais lento nesta quinta-feira (17), com poucos negócios registrados. Apesar disso, o volume de soja negociado para 2026 foi satisfatório. Os preços, por sua vez, oscilaram entre estabilidade e quedas, influenciados pela desvalorização na CBOT, na moeda americana e pelos prêmios que apresentaram compensações limitadas.
Conforme informações da Safras Consultoria, em diversas regiões os preços estão acima da paridade, e a indústria está ativa na compra, com ofertas mais atrativas em alguns casos. No entanto, os produtores aumentaram consideravelmente a diferença entre o valor que buscam e o que o mercado oferece, resultando em negócios mais difíceis. As expectativas para a próxima semana são de melhores cotações.
Preços da soja
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 132,00 para R$ 131,00
- Santa Rosa (RS): caiu de R$ 133,00 para R$ 132,00
- Porto de Rio Grande (RS): manteve em R$ 138,00
- Cascavel (PR): manteve em R$ 131,00
- Porto de Paranaguá (PR): caiu de R$ 137,00 para R$ 136,00
- Rondonópolis (MT): manteve em R$ 118,00
- Dourados (MS): caiu de R$ 123,00 para R$ 122,00
- Rio Verde (GO): caiu de R$ 119,00 para R$ 117,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros de soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram a sessão em queda, acumulando perdas ao longo da semana. Mesmo com um início promissor, impulsionado por boas exportações, o mercado voltou a apresentar um cenário negativo, afetado pela expectativa de avanço no plantio nos Estados Unidos e pelas incertezas ligadas a guerras comerciais e à colheita abundante na América do Sul.
As exportações líquidas norte-americanas da soja, referentes à temporada 2024/25, totalizaram 554.800 toneladas na semana terminada em 10 de abril, com o México sendo o principal comprador, adquirindo 156.800 toneladas. Para a temporada 2025/26, foram registradas mais 181.800 toneladas.
No que diz respeito aos preços, os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com uma diminuição de 2,25 centavos de dólar, ou 0,21%, cotados a US$ 10,36 1/2 por bushel. Em relação a julho, a cotação foi de US$ 10,47 3/4 por bushel, uma queda de 2,50 centavos ou 0,23%. Já no mercado de subprodutos, o farelo de soja (posição julho) caiu para US$ 303,10 por tonelada, enquanto o óleo de soja se valorizou, subindo para 48,34 centavos de dólar.
Câmbio
O dólar comercial finalizou a sessão com uma queda de 1,01%, sendo cotado a R$ 5,8069 para venda e R$ 5,8049 para compra. Durante o dia, a moeda foi negociada entre R$ 5,7964 e R$ 5,8884. Ao longo da semana, a moeda apresentou uma desvalorização de 1,06%.
