Em fevereiro deste ano, a atividade econômica brasileira apresentou um crescimento de 0,4% em relação ao mês anterior, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC). Esse é o segundo mês consecutivo de alta, refletindo um cenário positivo na economia. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) alcançou 108,8 pontos, e na comparação anual, em relação a fevereiro de 2024, houve um aumento de 4,1%.
O IBC-Br é um indicador importante que auxilia na avaliação da evolução da atividade econômica do Brasil e serve de base para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, atualmente fixada em 14,25% ao ano. O índice considera dados de setores como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos arrecadados.
A principal função da Selic é controlar a inflação. Quando o Copom decide aumentar essa taxa, o objetivo é desacelerar a demanda, o que, por consequência, afeta os preços. Juros mais altos podem dificultar a expansão da economia, mas ajudam a controlar a inflação.
Por outro lado, quando a Selic é reduzida, espera-se um incentivo ao crédito e ao consumo, impulsionando a produção e a atividade econômica, mas isso pode dificultar o controle da inflação.
Em março, a inflação desacelerou, com um índice de 0,56% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora a taxa tenha caído em relação aos 1,31% registrados em fevereiro, o acumulado em 12 meses ainda alcança 5,48%, superando o teto da meta de 3%.
O aumento constante da Selic reflete o aumento dos preços dos alimentos e da energia, além das incertezas globais. Em comunicado, o Copom indicou que a economia está aquecida, mas ressaltou a necessidade de monitorar a inflação, especialmente no que diz respeito aos serviços.
Sobre o futuro, o Copom sinalizou que provavelmente fará uma elevação na Selic de menor magnitude na próxima reunião, sem especificar o que pode ocorrer adiante.
Vale destacar que o IBC-Br avalia a atividade econômica com uma metodologia distinta do Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial definido pelo IBGE. O PIB, que representa a soma de bens e serviços finais do país, registrou crescimento de 3,4% em 2024, marcando o quarto ano consecutivo de expansão e a maior alta desde 2021.