Artesãos se reuniram na Feira Rio Artes 2025, que ocorre até domingo (13) no Centro de Convenções Expomag, no Rio de Janeiro. O evento busca destacar a criatividade humana como uma forma de geração de renda em tempos de inteligência artificial (IA).
Uma das participantes, que trabalha com a fabricação de laços, afirmou que a criatividade no artesanato é insubstituível. "Sempre estão renovando, inventando, o artesanato é tudo", relatou. Outro artesão, que modela com biscuit, acrescentou que a IA não deve ser vista como uma ameaçadora, mas sim como uma ferramenta que pode somar à criatividade.
A Feira reúne expositores de várias cidades do estado e oferece espaço para comercialização e oficinas no setor de economia criativa, que inclui artesanato, design, moda e decoração.
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que a economia criativa representava 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Além disso, o segmento empregava 7,4 milhões de pessoas e espera-se que esse número chegue a 8,4 milhões até 2030. A pesquisa destaca que um a cada quatro novos empregos nos próximos anos será ligado à criatividade.
O coordenador da feira destacou a importância de agregar valor aos produtos artesanais e ensinou o processo de precificação e apresentação adequada dos itens. Ele acredita que a produção artesanal ocorre por meio das mãos das pessoas, o que torna a IA uma ferramenta e não uma concorrente.
Na feira, a Federação do Artesanato do Rio de Janeiro destacou a sustentabilidade do artesanato, utilizando materiais que seriam considerados lixo. Uma das artesãs destacou que o trabalho manual tem um papel importante na preservação ambiental.
Na Câmara dos Deputados, tramita o Projeto de Lei 2.732/2022, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa, prevendo incentivos ao setor e parcerias para qualificação profissional.