Bruno foi solto em fevereiro deste ano sob o argumento de demora para a apreciação da apelação de sua condenação pela morte de Eliza. No caso do detento paulista, o pedido leva a mesma justificativa e foi feito no início deste mês pelo advogado Geraldo Martinho.
No documento, o criminalista afirma que “a sua situação (de Marcos Zenoro) é, na verdade, mais benéfica do que o paciente Bruno, já que a sua condenação é, por fato, anterior à Lei de Crimes Hediondos 11.464, de 2007”.
O advogado disse ter entrado com o pedido de soltura de Zenoro assim que tomou conhecimento do que havia acontecido com Bruno. “A situação é idêntica. Nenhum dos dois merecia continuar preso”, afirmou.
Na última segunda-feira, o pedido de Martinho foi declarado indeferido pela 15ª Câmara de Direito Criminal de São Paulo. No documento emitido, o relator Poças Leitão declarou: “É sempre bom lembrar que cada caso é um caso, cada um tem seus próprios detalhes e circunstâncias”. Após novo apelo, a situação de Zenoro será analisada, nos próximos dias, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello.
Processos. Pelo menos 2.083 detentos de Minas estão na mesma situação vivenciada por Bruno e Zenoro. Em todo o Brasil, são mais de 31 mil presos nesse cenário – Minas é o sexto Estado no ranking.
Fonte: Mariana Nogueira / OTEMPO