Saúde
07h10 11 Abril 2025
Atualizada em 11/04/2025 às 07h10

Vacinas mais modernas podem prevenir nova pandemia

Por Redação TV KZ

A preocupação com a possibilidade da gripe aviária se transformar em uma pandemia continua em destaque entre as autoridades de saúde. Especialistas ressaltam a necessidade urgente de desenvolver vacinas mais eficazes para evitar essa situação. Entre as possibilidades promissoras está a vacina universal contra todos os tipos de influenza, que já demonstrou resultados positivos em testes iniciais.

Essa vacina, desenvolvida com tecnologia de RNA mensageiro, incorpora o sequenciamento genético de todos os subtipos de influenza A e B. Os testes realizados em furões e ratos mostraram uma resposta imune positiva, com a indução de anticorpos para todas as 20 cepas testadas por um período de pelo menos quatro meses.

Vacinas específicas para o vírus da gripe aviária já estão em estoque em cerca de 20 países. No Brasil, o Instituto Butantan está formulando um imunizante que também teve resultados satisfatórios nos testes em animais. Atualmente, em parceria com a Fiocruz, o instituto busca voluntários para os testes em humanos, aguardando a autorização da Anvisa.

A urgência em desenvolver uma vacina nacional é crítica, dado que o vírus tem a capacidade de sofrer mutações rápidas e se adaptar para infectar novos hospedeiros. De acordo com especialistas, já foram identificadas mais de 350 espécies que antes não eram afetadas pelo vírus, incluindo mamíferos como gatos domesticos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reportou 969 casos de infecções humanas por gripe aviária desde 2003, com 457 fatalidades, resultando em uma taxa de letalidade superior a 50%. Contudo, essa taxa tem diminuído nos últimos anos. Nos 72 casos registrados nas Américas em 2023, apenas dois foram fatais e a maioria dos novos casos ocorre nos Estados Unidos.

A contaminação humana é causada pelo contato com animais infectados. De outubro a fevereiro, mais de 900 surtos em aves de criação e 1 mil em aves silvestres foram relatados, superando o total de surtos do ano anterior. O primeiro caso no Brasil foi confirmado em maio de 2023, com 166 focos da doença identificados até o momento, levando o Ministério da Agricultura a prorrogar o estado de emergência zoossanitária por mais 180 dias.

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