Um casal morreu após ser arrastado por uma cabeça d’água na Cachoeira Bocaina, localizada no Parque Estadual Serra do Intendente, em Conceição do Mato Dentro/MG, região Central de Minas Gerais.
O incidente ocorreu na tarde de sábado (19), após uma chuva intensa provocar o aumento repentino do volume de água no Cânion do Peixe Tolo, ponto turístico bastante procurado na unidade de conservação.
As vítimas, identificadas como Thássia de Almeida, de 36 anos, e Leone Barbosa, de 38, faziam parte de um grupo de dez pessoas, incluindo um guia turístico.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 19h e enfrentou dificuldades para chegar ao local devido às condições adversas. Durante o deslocamento, os militares também foram surpreendidos por outra cabeça d’água.
Por volta de 1h45 da madrugada de domingo (20), oito integrantes do grupo foram localizados ilhados. Apesar da situação, todos estavam em boas condições físicas e foram resgatados com segurança no início da manhã.
As buscas pelo casal continuaram ao longo do dia. Com o apoio de uma aeronave, os corpos foram encontrados no início da tarde de domingo e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Diamantina.
O sepultamento está previsto para segunda-feira (21), no Cemitério Belo Vale, em Santa Luzia/MG, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Thássia e Leone eram conhecidos por compartilhar nas redes sociais registros de viagens por destinos naturais e históricos do Brasil. Nas últimas semanas, o casal havia visitado a Cachoeira do Tabuleiro e o Cânion Espraiado, em Santa Catarina.
O Instituto Estadual de Florestas (IEF) e o Corpo de Bombeiros decidiram interditar temporariamente o acesso ao Cânion do Peixe Tolo como medida de segurança. A Prefeitura de Conceição do Mato Dentro manifestou pesar pela tragédia e informou que os sobreviventes estão recebendo apoio psicológico.
O fenômeno conhecido como cabeça d’água ocorre quando chuvas intensas nas cabeceiras dos rios provocam elevação repentina no nível da água. Entre os sinais de alerta estão mudança na cor da água, aumento da correnteza e presença de galhos ou folhas flutuando. Especialistas orientam que, diante desses indícios, as pessoas deixem a área imediatamente e busquem locais altos e seguros.