Indígenas em Brasília expressam resistência à expansão urbana no Setor Noroeste, zona nobre da cidade, devido aos potenciais riscos para as comunidades que habitam cinco aldeias na região. Recentemente, um confronto entre a polícia e indígenas ilustrou o desrespeito histórico enfrentado pelos povos originários do Brasil.
Uma liderança local mencionou que a ação policial revelava a invisibilidade histórica dos indígenas, que são alvos de exploração e especulação imobiliária há séculos. Ele destacou que a área alvo da expansão já era habitada por indígenas antes da construção da capital federal, enfatizando que nunca foram invasores.
Na operação de desocupação coordenada pela polícia, houve um confronto com integrantes de diversas etnias que estavam no local. A medida foi determinada por uma decisão judicial que permitiu à Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal tomar providências para evitar ocupações irregulares na área.
As novas obras urbanísticas estão em uma área bastante próxima das aldeias indígenas, o que suscita preocupações sobre a segurança das comunidades. As lideranças indígenas vêem isso como uma ameaça à sua integridade e bem-estar, afirmando que a urbanização poderá expor suas famílias à vulnerabilidade.
Os indígenas manifestaram sua oposição à desocupação, e um deles relatou a chegada da polícia e o uso de táticas agressivas contra a comunidade que estava ali para defender seu território. A falta de diálogo com as autoridades foi criticada, tendo em vista que várias ações parecem ser impostas de maneira unilateral e violenta.
O juiz que autorizou a desocupação destacou que a área deve ser mantida livre para futuros projetos urbanísticos. A polícia foi acionada para garantir a desocupação e a manutenção do local.