O dólar segue em queda pela quinta sessão seguida no mercado à vista, abaixo dos R$ 5,70. O mercado de câmbio reflete nesta quinta-feira, 24, a fraqueza da moeda americana e dos retornos dos Treasuries, após a China negar que esteja negociando tarifas com o governo dos EUA, o que reforça temores de desaceleração da economia global. O Ibovespa futuro exibe viés de alta diante da valorização do petróleo e de balanços corporativos. Os futuros de Nova York têm sinais divergentes.
Na China, o banco central (PBoC) disse que injetará 600 bilhões de yuans (cerca de US$ 82,34 bilhões) em liquidez no sistema financeiro por meio de sua linha de crédito de médio prazo (MLF) na sexta-feira, 25, o que ajuda a dar suporte ao petróleo e às moedas emergentes ligadas a commodities.
O redesenho do comércio global com as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos contra outros países pode colocar a América Latina em uma posição mais favorável que outras partes do mundo, na visão do Santander.
No radar dos investidores estão ainda falas de dirigentes de Bancos Centrais, em especial dos diretores do BC brasileiro Diogo Guillen (Política Econômica), em uma audiência com investidores promovida pela XP , e Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais) em painel do Itaú Latam Day, em Washington.
Do lado fiscal, a novidade é que o governo estuda a flexibilização na renegociação de dívidas rurais no Rio Grande do Sul, com possível prorrogação de até quatro anos. Economistas da Warren Investimentos apontam que a meta fiscal de 2025 deve ser revista para um déficit de até R$ 54 bilhões, por falta de margem para cortes de gastos.
O BC informou ontem à noite começará na próxima segunda-feira, 28 de abril, a rolagem dos contratos de swap cambial com vencimento em 2 de junho de 2025, totalizando US$ 18,4 bilhões (368.878 contratos).
Mais cedo hoje, a FGV informou que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,47% na terceira quadrissemana de abril, após registrar alta de 0,49% no período anterior. Com o resultado, o índice acumula variação positiva de 4,44% em 12 meses.
Já a confiança do consumidor cresceu 0,5 ponto em abril ante março, para 84,8 pontos, na série com ajuste sazonal, o segundo avanço consecutivo, apontou a FGV. Em médias móveis trimestrais, o índice diminuiu 0,5 ponto.