Economia
10h10 29 Abril 2025
Atualizada em 29/04/2025 às 10h10

Dólar fica instável e com fôlego curto por incerteza sobre tarifas, petróleo fraco e fluxo

Por Silvana Rocha Fonte: Estadão Conteúdo

O dólar opera sem direção única e tem fôlego curto em meio a negociações incertas sobre tarifas dos EUA e o impasse com a China. Além disso, a valorização do dólar e a queda do petróleo pressionam o real, com possível aumento da volatilidade devido à intensificação de rolagens de contratos futuros antes da definição da Ptax do fim de abril, amanhã. A relativa estabilidade intradia vem após a divisa americana acumular perdas de 4,11% ante o real nas últimas sete sessões.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, são aguardados em coletiva sobre o relatório de estabilidade financeira (REF) do segundo semestre de 2024 às 11h desta terça-feira, 29. O documento mostra que o Índice de Basileia do Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu 17,27% em dezembro de 2024. Em junho, o índice era de 17,69%.

Na agenda, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) avançou 0,24% em abril, após queda de 0,34% em março, informou a FGV. Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,23% no ano e de 8,50% nos últimos 12 meses.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,5 pontos na passagem de março para abril, na série com ajuste sazonal, para 90,4 pontos, menor nível desde maio de 2021, segundo a FGV. Em médias móveis trimestrais, o ICS teve redução de 0,5 ponto.

Em relação à guerra comercial deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o governo chinês divulgou um vídeo intitulado "Nunca se Ajoelhe!", sinalizando firmeza diante do impasse comercial com os EUA. A peça acusa os EUA de desencadear uma "tempestade tarifária global" e manipular negociações internacionais para isolar a China economicamente.

O Ministério do Comércio da China declarou estar aberto à cooperação comercial com empresas dos EUA, mas criticou as tarifas, alegando prejuízos às companhias aéreas chinesas e à Boeing. A fala ocorre após a China ordenar a suspensão do recebimento de aeronaves da fabricante americana.

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