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12h20 29 Abril 2025
Atualizada em 29/04/2025 às 12h20

No RS, prefeito diz que cidade não suporta uma nova cheia

Por Redação TV KZ Fonte: Agência Brasil

Após as enchentes de maio de 2024, o município de Cruzeiro do Sul, no Rio Grande do Sul, enfrentou perdas devastadoras, com as águas do Rio Taquari inundando cerca de 60% da área urbana da cidade. Essa catástrofe impactou diretamente a vida de seus 12,3 mil habitantes, resultando em obstrução de vias, interrupção de serviços públicos e privações econômicas significativas, incluindo a destruição de escolas e um posto de saúde. Tragicamente, o número de mortos chegou a 13.

Somando-se às tragédias de setembro de 2023, o total de mortes atingiu 27, além de 11 desaparecidos. O prefeito local, Cesar Leandro Marmitt, conhecido como Dingola, também foi afetado, tendo sua residência completamente arrastada pela correnteza. Em entrevista a uma Agência Brasil, ele apontou que 1.109 casas foram destruídas e muitas outras estão interditadas, aumentando o sofrimento da população que ainda busca abrigo.

Atualmente, o foco do governo local é o reassentamento das famílias em áreas de maior risco, como no bairro Passo da Estrela, que será removido para uma nova localização. Entretanto, o prefeito destacou que não há garantias de que todas as áreas urbanas possam ser transferidas, pois a cidade não possui recursos financeiros suficientes para tal mudança.

"Nós somos uma cidade ribeirinha; retirar a cidade toda não é viável", destacou Dingola.

Ele também enfatizou a importância de um apoio financeiro mais robusto por parte dos governos estadual e federal para ajudar na construção de moradias adequadas e na reconstrução da infraestrutura. "Nossa situação atual não nos permite enfrentarmos uma nova cheia desse porte", alertou o prefeito.

Em visita à cidade, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou a entrega de 200 moradias até o final do ano no novo bairro Passo da Estrela. Essas habitações estão sendo construídas para abrigar as famílias afetadas. Enquanto aguardam, muitas ainda residem em contêineres temporários.

A Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul e o governo federal estão colaborando nos esforços de recuperação, embora ainda haja um longo caminho pela frente antes que a normalidade possa ser restabelecida.

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